Genésio Cavalcanti

E QUANDO O TEMPO E quando o tempo soberbo zombar de mim sei que não será preciso encobrir o rosto para disfarçar marcas e cicatrizes adquiridas ao longo dos dias, dos anos imutáveis a essa evidência porque na verdade minh'alma já protagonizou as (in)perfeições desta minha existência!

NOSSA MAIOR BELEZA Nossa maior beleza não está nos olhos nem no sorriso. Nem nos cabelos muito menos no corpo físico. Nossa maior beleza está estampada dentro das nossas almas! São essas belezas que exprimem todas as nossas qualidades. O que somos, o que vivemos o que sonhamos verdadeiramente!

AOS QUE ME AMAM Aos que me amam terão sempre o meu amor. E sem qualquer favor deles, nunca esquecerei! Amor compartilhado é amor que permanece solidário, participativo que não olha defeitos que não se troca, altera se fortalece persuadido e cresce ao longo do tempo e que por nada padece!

QUE A SINGELEZA DO MEU AMOR Que a singeleza do meu amor perdure até o último suspiro que a vida possa me proporcionar pois, sendo simplesmente amor serei algo mais: algo indecifrável, inestimável inigualável, compreensível algo mais...algo que vá além daquilo que alguém possa imaginar ser o próprio amor, limite de amar!

O AMOR QUE TE OFEREÇO Nada em mim é tão valioso quanto o amor que te ofereço se antes, porém de entregar-lhe o coração porventura, padeço não me leve a mal... são as dores das circunstâncias. Lembra-te, então: que mesmo sofrendo nada me afasta de ti pois, de ti nunca, jamais, esqueço!

UM LINDO ANJO AZUL Por estes dias um lindo anjo azul tem sempre me falado: aquiete seu coração e nunca se desespere! Havendo nele paz caberá todo pranto e mesmo que dorido largado num canto entre dor e solidão... há uma força Suprema agindo, fortalecendo com máxima proteção!

OLHANDO ESTRELAS Quando algumas vezes pensas que estou longe de ti, da tua caminhada... sendo cedo do dia ou tarde da noite procura-me e encontrarás. Basta que olhes para o céu de estrelas. Olhe-as! E então, perceberás que de ti nunca me afasto. Quando muito um passo à frente, outro atrás. Segui-as.

CORPOS DESEJOSOS Sem qualquer alarido Repousei minhas mãos No teu corpo trêmulo Nu, palpitante, aquecido! Olhaste-me com desejo E tão profundamente Que nem se quer precisei Desabotoar-lhe o vestido! Corpos tensos no cortejo Dançando febrilmente Arrepiados, impacientes E aos pouquinhos no bailado... Fomos perdendo os sentidos!