Luís de Camões
Luís Vaz de Camões (1524-1580) foi um poeta português, considerado o maior poeta de língua portuguesa. Autor dos Lusíadas, maior obra literária portuguesa.
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Autor - Luís de Camões
Verdadeiro valor não dão à gente; Essas honras vãs, esse ouro puro melhor é merecê-los sem os ter que possuí-los sem os merecer.
Autor - Luís de Camões
E sou já do que fui tão diferente Que, quando por meu nome alguém me chama, Pasmo, quando conheço Que ainda comigo mesmo me pareço.
Autor - Luís de Camões
Anda sempre tão unido o meu tormento comigo que eu mesmo sou meu perigo.
Autor - Luís de Camões
Pouco sabe da tristeza quem, sem remédio para ela, diz ao triste que se alegre; pois não vê que alheios contentamentos a um coração descontente, não lhe remediando o que sente, lhe dobram o que padece.
Autor - Luís de Camões
Porque é tamanha bem-aventurança O dar-vos quanto tenho e quanto posso, Que, quanto mais vos pago, mais vos devo.
Autor - Luís de Camões
Erros meus, má Fortuna, Amor ardente Em minha perdição se conjuraram; Os erros e a Fortuna sobejaram, Que para mim bastava Amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas que passaram, Que as magoadas iras me ensinaram A não querer já nunca ser contente. Errei todo o discurso de meus anos; Dei causa (a) que a Fortuna castigasse As minhas mal fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! Que tanto pudesse que fartasse Este meu duro Gênio de vinganças!
Autor - Luís de Camões
Coitado! que em um tempo choro e rio Coitado! que em um tempo choro e rio; Espero e temo, quero e aborreço; Juntamente me alegro e entristeço; Du~a cousa confio e desconfio. Voo sem asas; estou cego e guio; E no que valho mais menos mereço. Calo e dou vozes, falo e emudeço, Nada me contradiz, e eu aporfio. Queria, se ser pudesse, o impossível; Queria poder mudar-me e estar quedo; Usar de liberdade e estar cativo; Queria que visto fosse e invisível; Queira desenredar-me e mais me enredo: Tais os extremos em que triste vivo!