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William Shakespeare

William Shakespeare (1564-1616) foi dramaturgo e poeta, reconhecido como o maior dramaturgo de todos os tempos.

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Qualquer um ensina a uma multidão o caminho do bem. Poucos conseguem que uma única dessas pessoas cumpra esse caminho na prática. Há sempre um abismo entre as palavras e os atos, entre o gesto e a graça que lhe faz brilhar. Palavra, palavra, palavras, estou farta de todas elas. A razão pode ter todas as regras e todas as leis, as mais claras e as mais distintas possíveis, para conter a paixão. Mas uma paixão ardente sempre saberá pular por cima dos limites e fazer a boca estourar em grito de desespero ou de alegria. Não há pensamento, por mais sábio, que freie a natureza. O instinto é a única verdade que existe. Toda vida é instinto, segurá-lo é morrer. Só há movimento e desejo, gesto e realização. Todo o resto são fagulhas e miragens, linguagem vazia, passatempo de quem não sabe nada da vida. O único objetivo da natureza é transbordar.

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"Porventura tem a amizade um coração tão fraco, que numa noite ou pouco mais se muda?" "É preferível não ter amigos do que os ter mais nocivos que inimigos." "Por que precisaríamos de amigos, se nunca tivéssemos necessidade deles? Seriam as criaturas mais inúteis do mundo (...) e se assemelhariam a esses instrumentos agradáveis que permanecem nos estojos, guardando consigo suas harmonias." "Tem amigos quem nunca aos outros importuna." "O amigo comprovado, prende-o firme no coração com vínculos de ferro, mas a mão não calejes com saudares a todo instante amigos novos." "Sempre que a amizade adoece (...) lança mão de fórmulas forçadas."

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-Soneto XLIII - Quanto mais fecho os olhos melhor vejo; o dia todo vi coisas vulgares; mas quando durmo em sonho te revejo; pondo no escuro luzes estrelares; tu, cuja sombra faz brilhar as sombras; pois tanto brilho no negror produzes. Como podem meus olhos abençoados; assim te ver brilhar em pleno dia; quando na noite escura deslumbrados; dentro de fundo sono eu já te via? Meu dia é noite quando estás ausente; e a noite eu vejo o sol se estás presente.

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Soneto XXVII Cansado de tanta labuta, corro para a cama, O caro repouso para os membros fatigados de tanto viajar; Mas começa então uma viagem mental, Para cansar minha mente, quando já se esgotou o corporal: Pois então meus pensamentos (desde longe onde me quedo) Começam zelosa peregrinação até ti, E mantém minhas pálpebras a cair completamente escancaradas, Fitando a escuridão, que os cegos miram: Só que a visão imaginária de minh'alma Apresenta a tua imagem ao meu olhar sem visão, A qual, tal qual joia engastada na noite horrenda, Torna linda a negra noite e sua velha face nova. Assim que, de dia meus membros, de noite minha mente, Para ti e para mim, não encontram descanso."

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Quem crerá nos meus versos no futuro, Plenos que estão todos de teus altos merecimentos? Apesar de bem o saberem os céus, serem só um túmulo Que oculta mais tua vida, e não revela sequer a metade do que vales. Se transmitir pudesse eu a beleza dos teus olhos, E em números nunca dantes vistos, chegar a enumerar todas as tuas graças, As épocas vindouras diriam por certo, como mente este poeta, Tais coisas celestiais jamais foram propriedades de rostos terrenos Assim os meus papéis, amarelados com o tempo, Seriam muito zombados, como belhos mais cheios de lábia que verdade; E tudo que te é devido, chamado de loucura de poeta, E o metro forçado de algum delírio antigo Mas se algum filho teu viesse então Viverias duas vezes; - tanto nele, quanto nos meus versos.

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But, soft! what light through yonder window breaks? It is the east, and Juliet is the sun. Arise, fair sun, and kill the envious moon, Who is already sick and pale with grief, That thou, her maid, art far more fair than she. Be not her maid, since she is envious; Her vestal livery is but sick and green And none but fools do wear it; cast it off. It is my lady, O, it is my love! O, that she knew she were! She speaks yet she says nothing; what of that? Her eye discourses; I will answer it. I am too bold, 'tis not to me she speaks. Two of the fairest stars in all the heaven, Having some business, do entreat her eyes To twinkle in their spheres till they return. What if her eyes were there, they in her head? The brightness of her cheek would shame those stars, As daylight doth a lamp; her eyes in heaven Would through the airy region stream so bright That birds would sing and think it were not night. See, how she leans her cheek upon her hand! O, that I were a glove upon that hand, That I might touch that cheek! She speaks! O, speak again, bright angel! for thou art As glorious to this night, being o'er my head As is a winged messenger of heaven Unto the white-upturned wondering eyes Of mortals that fall back to gaze on him When he bestrides the lazy puffing clouds And sails upon the bosom of the air.

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"Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras... Diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino." "Se eu pudesse descrever a beleza dos teus olhos e enumerar teus atributos em épocas vindouras... Diriam: o poeta mente! A Terra jamais foi acariciada por tal toque divino."

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Que obra prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Que capacidade infinita! Como é preciso e bem-feito em forma e movimento! Um anjo na ação! Um deus no entendimento, paradigma dos animais, maravilha do mundo.

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