Tatiane Éfer

Traçamos muitos caminhos divididos em ciclos e tempos diferentes no decorrer da vida. Somos privilegiados ao conhecer almas que, junto a nós, fazem a vida florescer melhor. Mas, a todos é destinado um reencontro. E feliz daquele que em outros olhos reconhece a sua própria essência brilhando em outro corpo. A alma só sossega com a verdade.

Chega o tempo em que encontramos o eixo. Aquilo, aquele ou aquela que nos faz sentir a felicidade em seu modo mais perene. E de então, não importa o quão florida seja nossa episódica, nada mais nos faz vibrar. Porque de todo, não somos mais quem fomos antes, e velhas cascas não encaixam mais.

Não importa o quanto você tenha acumulado, ou o quanto tenha se compartilhado. No final é só você e sua consciência. E ninguém mais.

Aproveito o tempo como alguém que têm pouco tempo. Mantenho a calma somente dentro de mim, do lado de fora, corro até a exaustão. Carrego o direito de me aproveitar.

Nada que a vida nos apresenta é em vão. Nós que, por vezes, cegos, deixamos passar a chance que esperávamos.

Que a vida nos traga a coragem antes de qualquer outro dom ou predicado, pois até o amor covarde não passa de covardia, apenas.

Que coisa interessante é a felicidade, basta senti-la uma única vez para que nos viciemos a tal ponto de não mais contentarmo-nos com as meias alegrias facilmente vendidas por aí.

Esperamos da vida aquilo que ela não pode nos dar. Certezas!