Rômulo Bourbon

⁠A criança que não tem Videogame ou celular Joga a amarelinha Pega corda pra pular Faz a bolha de sabão Brinca de adivinhação No papel vai desenhar O segredo da criança Para ter felicidade É viver de bem com a vida Mesmo na adversidade Se o brinquedo lhe faltar Ela passa a inventar Usa criatividade

⁠AURORA DA MINHA VIDA Andei na Rua da Aurora quando era colegial. Ao sair da minha escola, todo dia era igual. As pontes atravessei na fase que mais amei, no meu tempo jovial.

⁠Certo dia imaginei A vida num carrossel Traduzi aquele sonho Com um verso no papel Fiz a rima com ternura Rabisquei xilogravura Fiz nascer o meu cordel

⁠Felicidade é assim Tem o tempo de chegar Pode até vir de surpresa Sem a gente esperar Mas se ela vai embora A pessoa conta a hora Esperando ela voltar

⁠Antes de amar alguém, goste antes de você. Nessa vida não anule seu desejo, seu querer. Ou sozinho ou a dois, nunca deixe pra depois a alegria de viver.

⁠Tempestade, céu destoa O seu barco avaria E então, o que faria? Pularia da sua proa Pra morrer no mar à toa? Pegue o leme, vá, insista! Só navegue, não desista. Enfrente o mar bravio Posto que está por um fio O porto virá à vista.

⁠Triunfar não é vencer Um jogo, competição Nem ganhar na maratona Um troféu de campeão É fazer seu caminhar Ter história pra contar Para a nova geração

⁠CHUVA DE MARÇO Fevereiro já passou, e, com ele, o carnaval. A chuva que aqui cai é uma gota lacrimal. É um choro de alegria, um respiro de magia na cidade manguezal.