Ottavio DiLucca

Morre-se deixando a vida, mas também morre-se vivendo. A morte nos afasta daquilo que permanece e deixamos de permanecer, mesmo aqui estando. É quando somos separados de nós mesmos. Morre-se permanecendo e permanecemos mortos, mas com a consciência de quem não se foi. Quem morre não sabe que já não é, exceto alguns de nós...

O amante, o amar e o amor Uma alma cativante, com beleza radiante e sorriso bem constante: Assim surge o ser amante! A doçura singular, a simpatia sem par e aquele charme no olhar: Que desejo de amar! Um abraço com ardor, a singeleza de uma flor e a amizade sem pudor: Que convite pro amor!

A miserabilidade do homem não se relaciona à sua conta bancária ou ao seu patrimônio. É apenas a condição de quem não percebe que há coisas na vida – coisas superiores – cujo valor não é monetário, mas existencial.

O resultado de conhecermos a Deus é que a religião passa a estar a serviço da vida, e a vida deixa de ser escravizada pela religião.

Torna-se nítido que a efemeridade e a limitação da nossa condição humana existem contraditoriamente paralelas à nossa ambição sem limites e à nossa capacidade de provocar a destruição de tudo que nos é fundamental à vida.