José Carlos Fineis

⁠A vida é um livro do qual só podemos ler uma página por dia. Não sabemos o que está escrito na página seguinte, nem quantas páginas ainda há para ler. Essa condição de imponderabilidade nos autoriza a acreditar que tudo é possível. Particularmente, gosto de pensar que o melhor está por vir.

⁠Há muito, muito tempo, li numa folhinha uma frase que se tornou um princípio de vida para mim: "Há muito o que fazer; aquilo que fizer, faça com amor." E outra, tempos depois, numa folhinha da Seicho-no-ie: "O amor é a única força capaz de superar todos os conflitos." Incrível como algumas palavras podem mudar nossas vidas.

⁠Ao longo da vida, por necessidade ou conveniência, interpretamos muitos papéis. E, não raras vezes, o papel mais difícil de interpretar é o de nós mesmos.

⁠O grande engano das pessoas de boa vontade é acreditar que podem vencer qualquer discussão valendo-se unicamente da verdade. Esquecem-se que grande parte das pessoas prefere a mentira, para não ter de mudar ou abrir mão de privilégios.

⁠Você percebe que foi abençoado com o dom da simplicidade quando recorda com alegria, ainda depois de muitas semanas, do prazer que sentiu ao tomar um café expresso e comer um pão de queijo no Mercado Municipal.

⁠Quando a vida termina? Conforme a definição médica mais aceita, é quando ocorre a morte cerebral. Já eu, embora sem qualquer comprovação científica, acredito que morremos quando deixamos de sonhar.

⁠Parece óbvio, mas não é. O tempo de morrer já está reservado. O tempo da vida é de viver.

⁠É preciso ter cuidado para não passar mais tempo nas redes sociais do que na vida.